BEM-VINDOS A ESTE ESPAÇO

Bem-Vindos a este espaço onde a temática é variada, onde a imaginação borbulha entre o escárnio e mal dizer e o politicamente correcto. Uma verdadeira sopa de letras de A a Z num país sem futuro, pobre, paupérrimo, ... de ideias, de políticas, de educação, valores e de princípios. Um país cada vez mais adiado, um país "socretino" que tem o seu centro geodésico no ministério da educação, no cimo do qual, temos um marco trignométrico que confundindo as coordenadas geodésicas de Portugal, pensa-se o centro do mundo e a salvação da pátria.
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domingo, 6 de maio de 2007

CUBA - O PARAÍSO DE FIDEL CASTRO

"A revolução de Fidel foi a revolução do ódio, da vingança e das vítimas."
(Papa João Paulo II)

Fidel de Castro faltou às manifestações do 1º de Maio e as manifestações de apreço, são cada vez mais tímidas. Até parece que as "coisas" se estão a preparar.
Nós que passámos pelo 25 de Abril, sabemos como funcionam. De um dia para o outros, os comprometidos com o regime, fazem uma volta de 180 graus, arrumam a boina e vão ao Palácio da Revolução (4 andares de fotocópias de intoxicação nas paredes) queimar o pouco que lá existe, depois de derrubarem os tanques e estátuas da 3ª revolução.
Tornam-se assim, de um dia para o outro, nos verdadeiros DEMOCRATAS que já eram desde pequeninos. Daqui a uns meses ... estarão todos ao lado daquele povo que, neste preciso momento em que escrevo, são uns REVOLTADOS com a situação de miséria que vivem.

Não faz muito tempo que estive em Cuba. Foi em Outubro de 2006.
A miséria em que o "social-comunismo" deixou aquele povo é enorme. Acredito que só estejam à espera de um "sinal" para virarem aquilo tudo ao contrário. A insatisfação é TOTAL e não escondem a necessidade de manifestarem essa REVOLTA. Se puderem, até os comem vivos ...Uma tristeza aquele país!!!

E, estes apoios frenéticos à distância não me admiram NADA, afinal de contas, não são eles que lá vivem. De facto ...

É inegável que Fidel faz um grande investimento na saúde e educação, tornando-as gratuitas em Cuba mas, para isso (e não só), deixa a população na MAIOR POBREZA E MISÉRIA.
Eu, NÃO GOSTARIA, (e até acredito que muitos de nós que sabemos o que é qualidade de vida e gostamos de ter "as nossas coisas" para vivermos melhor) não gostaria(mos) de ter e de viver nesse regime de saúde e de educação gratuita.
Porquê?
Porque infelizmente para que o povo cubano possa ter essa enorme benesse (que é!!!) PASSA FOME e VIVE HORRIVELMENTE MAL. Mas quando estou a dizer MAL, é mesmo verdade e não acredito que alguém que já lá tenha ido me possa desmentir.

O Estado, para poder ter dinheiro para pagar a saúde e a educação ao POVO de forma gratuita, ROUBA-LHE o dinheiro do sustento. Acho que assim não é difícil ter um sistema de saúde gratuito em que os médicos são PESSIMAMENTE MAL PAGOS e os professores são HORRIVELMENTE MAL PAGOS para já não falar ... "no povo trabalhador" que é como dizem os sindicatos aqui em Portugal.
Com um investimento na saúde como de facto têm, parece-me óbvio que os índices de esperança de vida cresçam, mal dos cubanos seria se depois de tanto sacrifício para conseguirem viver, ainda tivessem de se sacrificar da mesma forma para nascer e para morrer. Era demais.

Mas, com os índices de mortalidade infantil já não posso aceitar de forma alguma.
Esses dados sobre a mortalidade infantil em Cuba não são credíveis pois é dos países com maior taxa de abortos em todo o mundo e, não percebo como podem entrar nessas estatísticas mundiais. Isso só mostra a pouca seriedade com que se levam esses estudos em diante. De facto, Cuba é o país com maior recorrência de aborto legal.
Por exemplo, nos anos 90, a taxa cubana girava em torno de 60 (***Vasquez, 1994) ou seja, ao engravidarem, as adolescentes cubanas, somavam mais abortos que nascimentos vivos.
Em 2001, por exemplo, 32,8% de adolescentes com MENOS de 20 anos, abortaram.
Um aborto, em vez de matar no primeiro ano de vida, mata logo à nascença, já nem dá possibilidade de morrer passado um ano. É uma espécie de estatística "espartana", (a meu ver, claro) que faz obviamente melhorar a taxa de mortalidade infantil.
Bom ...Por isso, não me admira que esses níveis sejam RELATIVAMENTE elevados mas, apesar de tudo isto, apesar de todo esse esforço enorme do governo cubano que SUGA o seu povo no resto, mesmo assim, fica sempre atrás dos países europeus, à excepção dos países ex-socialistas (claro!!) aparecendo apenas o Chipre e a Turquia numa situação, atrás de Cuba.
De resto, ficar à frente de todos os países africanos, de uma boa franja de asiáticos e da maior parte da América Latina, não me parece que seja assim tão, tão, tão fantástico, mas é bom.
Não podemos ignorar a privação, a fome e a miséria que aquele povo passa por opção do governo cubano. De facto, quem tanto investe na saúde e não investe no bem estar do seu povo, melhor seria que não tivesse melhores índices nela, tal como quando investe no tabaco.
Mas tudo isto que refiro da saúde, tem de ser visto no contexto global.

E a questão que se coloca é a de saber se alguém gostaria de viver os 77,23 anos de vida com saúde gratuita (mesmo que poucas vezes possas ter necessitado dela) mas, toda uma vida na maior pobreza, miséria, falta de liberdade, sem acesso a bens de qualidade de vida que hoje todo o mundo tem (telefone, telemóvel, Internet, televisão satélite ...).

Faça-se essa pergunta aos cubanos e vejam a resposta.
Eu fi-la várias vezes e TODOS me disseram que preferiam VIVER (viver a vida) pagando a saúde. Não me admirou, não deveria ser difícil prever essa resposta pois, todos nós temos consciência do desequilíbrio que existe no prato da balança em 77,23 anos de vida.
Não percebo, como é que essa malta que tanto fala do Salazar, defende o Fidel. Será que se o Salazar tivesse tido saúde e educação gratuita a esta hora não seria "fascista" como lhe chamam os socialistas/comunistas? Seria um amigo do povo e pelo povo?

*** VÁSQUEZ, L. A. Un informe psico sócio demográfico del aborto en Cuba, Encuentro de Investigadores sobre el aborto inducido en América Latina y el Caribe. Impactos Demográficos y Psicosociales del aborto, Anais ... Santafé de Bogotá, Universidad Externato de Colômbia, Novembro 1994

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