BEM-VINDOS A ESTE ESPAÇO

Bem-Vindos a este espaço onde a temática é variada, onde a imaginação borbulha entre o escárnio e mal dizer e o politicamente correcto. Uma verdadeira sopa de letras de A a Z num país sem futuro, pobre, paupérrimo, ... de ideias, de políticas, de educação, valores e de princípios. Um país cada vez mais adiado, um país "socretino" que tem o seu centro geodésico no ministério da educação, no cimo do qual, temos um marco trignométrico que confundindo as coordenadas geodésicas de Portugal, pensa-se o centro do mundo e a salvação da pátria.
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terça-feira, 13 de maio de 2008

AINDA E SEMPRE ... A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

Porque nunca é demais, retirei este texto do jornal da minha escola
A Avaliação do Desempenho ou o desempenho de uma (dita) avaliação



Parece-nos útil abrir um espaço de reflexão neste momento particularmente atribulado por que tem passado a escola e o ensino/educação na sequência de um conjunto de propostas políticas do governo que não podem nem devem ser encaradas de forma isolada ou descontextualizada.
Todos conhecemos a reacção geral dos docentes de todo o país e de todos os graus de ensino sobre a avaliação naquela que foi a maior manifestação de sempre de uma só classe profissional em Portugal, com base na avaliação de desempenho.
O sentimento de indignação foi partilhado de uma forma única e inolvidável por 100.000 professores e educadores presentes no dia 8 de Março em Lisboa e, por muitos outros que não estando presentes, acompanharam em directo a grandiosidade deste protesto, com a emoção própria de quem comungava das mesmas preocupações.
Esta reacção de tão grande profundidade e magnitude, foi um movimento genuíno de revolta e de desespero, em protesto por aquilo que eram consideradas políticas voltadas contra os professores, culminando num processo de avaliação de desempenho que, ao contrário daquilo que se pretende transmitir para a opinião pública como um dever que tem estado ausente, é, acima de tudo, mais do que um direito que nos assiste, uma inerência à profissão que abraçámos e honramos. A avaliação foi apenas a mola impulsionadora de um conjunto de equívocos autistas que têm provocado um mau estar numa classe cada vez mais carente de respeito e autoridade. Foi a cereja em cima do bolo que fez extravasar um prenhe ECD incongruente que é, acima de tudo, das maiores injustiças dolosas que já trespassaram incólumes qualquer classe. E o maior grito de revolta desta classe desprotegida é aquele que não se faz ouvir. Não porque não se oiça, mas porque não se quer ouvir. A classe docente é transversal em toda a sociedade portuguesa, não havendo quase família que não tenha conhecimento do que se passa. Jornalistas e políticos incluídos, obviamente.
Várias têm sido as tomadas de posição ditas, escritas e presenciais, assumidas por alguns professores da nossa escola, na procura de soluções que consideram mais justas e humanizadas e combatam o excesso de burocracia e a imposição da utopia de muitas medidas avulso de teimosia, meramente, política.
À pressa, atabalhoadamente e sem princípios de honorabilidade, não há transformações na Educação que aconteçam. Todos perdem em dignificação e competência.
Acreditamos que as diferentes representações de professores desta escola nos diferentes contextos de protesto no país, pelas mais diversas formas, terão ajudado a dar um contributo válido para uma maior seriedade, prudência e humildade em todo este processo que, embora tendo nascido torto, se espera que cedo ou tarde se endireite e sirva para dignificar a Escola e todos os agentes de educação
FTH

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