BEM-VINDOS A ESTE ESPAÇO

Bem-Vindos a este espaço onde a temática é variada, onde a imaginação borbulha entre o escárnio e mal dizer e o politicamente correcto. Uma verdadeira sopa de letras de A a Z num país sem futuro, pobre, paupérrimo, ... de ideias, de políticas, de educação, valores e de princípios. Um país cada vez mais adiado, um país "socretino" que tem o seu centro geodésico no ministério da educação, no cimo do qual, temos um marco trignométrico que confundindo as coordenadas geodésicas de Portugal, pensa-se o centro do mundo e a salvação da pátria.
__________________________________________________________________

quarta-feira, 30 de julho de 2008

AINDA BOB GELDOF ... E O OUTRO LADO (ESCONDIDO) DE LUANDA!

Bob Gedolf veio a Portugal dizer que as casas em Luanda são mais caras do que em Londres.
As autoridades angolanas ripostaram violentamente.
O DN foi saber de que fala o cantor irlandês.

Empreendimentos de luxo nascem ao lado dos musseques Indiferente à pressão dos musseques (bairros de lata) que cercam a cidade, nasce mais um prédio de luxo no centro de Luanda. Com 24 andares e 150 metros de altura, o edifício Espírito Santo custou ao grupo português liderado por Ricardo Salgado 115 milhões de euros. Tem uma zona comercial, com lojas e esplanadas, e escritórios, entre o quarto e o décimo sexto andares.
No topo, com vista privilegiada sobre a baía de Luanda, foram construídos quatro apartamentos. Para já, sabe-se que Ricardo Salgado deverá ficar com uma dessas casas cujos valores oscilam entre os 625 mil e um milhão de euros. O preço dos escritórios é ainda mais elevado: três vezes o preço do andar mais caro. Estão todos vendidos.

Apenas dois tipos de pessoas têm acesso a estes empreendimentos que proliferam pela capital angolana: os ricos, altos cargos de empresas estrangeiras, e os muito ricos, nomenclatura do MPLA e generais que subiram na vida à custa da guerra civil. A sua identidade não é segredo para ninguém.
Em Fevereiro de 2003, o jornal O Angolense publicou os nomes dos angolanos com fortunas superiores a 32 milhões de euros, num artigo intitulado 'Os nossos milionários'. A ousadia de escrever a verdade valeu aos dois editores do jornal perseguições a ameaças, segundo o que contaram ao Human Rights Watch, e o jornalista Graça Campos acabou oito meses fechado numa prisão.
Também no centro da cidade, no famoso bairro de Miramar - onde o Presidente José Eduardo dos Santos tem uma das suas residências não oficiais -, ergue-se mais uma torre imponente. Em breve, ser á ocupada pela Wayfield, holding empresas de fabrico e comércio de produtos alimentares, como a Refriango. Para os últimos andares foram projectados dois duplexes de 1.100m2 com casa de banho revestidas de pedras semi-preciosas. Um deles já tem dono: o líder do grupo, o português Luís Vicente.

Ali bem perto, em Alvalade, o bairro mais caro da cidade, onde o preço do aluguer de uma moradia não é menos do que dez mil euros por mês, vive Fernando Teles, presidente do BIC (Banco Internacional de Crédito) numa moradia com todas as comodidades, incluindo piscina. A maioria dos empresários portugueses com negócios em Angola, como Américo Amorim, prefere, no entanto, hospedar-se em hotéis ou em casas de amigos.

Luanda é demasiado perigosa e assusta muitos destes empresários, que evitam comprar uma casa e preferem a comodidade e segurança de se instalarem um hotel, contou ao DN um angolano que pediu para não ser identificado. Se comprar casa só está ao alcance de alguns, alugar também não é para todos.

A invasão de estrangeiros endinheirados numa cidade sobrelotada (Luanda foi projectada para receber 500 mil habitantes, hoje tem cinco milhões) fez com que os preços dos arrendamentos disparassem nos últimos cinco anos. Um português expatriado em Angola contou ao DN que o grosso dos engenheiros, advogados e arquitectos estrangeiros estão instalados no centro da cidade, na zona de Kinaxixi. Onde pagam em média dois mil euros por mês por um T2 num prédio com mais de 30 anos, sem elevador e com constantes infiltrações, entupimentos e falhas de energia.

Já os altos quadros de empresas estrangeiras e os angolanos milionários vivem barricados em condomínios de luxo em Luanda Sul a 17 km do centro da cidade, resguardados dos musseques que os cercam. Seguranças armados à porta 24 horas por dia, piscina nas traseiras e heliporto no quintal isolam os muito ricos do resto da paisagem decadente.
Deslocam-se nos seus, jipes e Porsches de vidros fumados indiferentes a que 80% da população da cidade não tenha energia eléctrica (segundo um estudo da UNICEF) e que 11 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza.

Uma visita ao Google Earth é esclarecedora das assimetrias abissais. Condomínios em forma de trevo com as suas piscinas de um azul profundo destacam-se entre a imensidão do musseque que do céu parece um amontoado de lata velha. O fosso entre os muitos ricos e os muito pobres escava-se diariamente. Em breve, outro condomínio irá nascer em Luanda Sul.
Da responsabilidade do maior consórcio diamantífero de Angola, o Catoca/Endiama, as casas estão a ser comercializadas em segredo, apenas através de contactos pessoais. Ao mesmo passo a que a cólera invade os musseques e as barracas invadem a cidade, constrói-se mais um bunker para os milionários.

O luxo na baía
Na baía de Luanda os novos prédios que se erguem com vista sobre o mar são luxuosas sedes de grandes empresas corno a BP e a Exxon Mobil. A requalificação da marginal é uma iniciativa do consórcio Luanda Waterfront Corporation, do empresário português José Récio, muito próximo de José Eduardo dos Santos.
O projecto, aprovado pelo Governo em 2005, inclui a construção de parques de estacionamento, de uma nova ponte de acesso à ilha de Luanda, a criação de espaços verdes, a par da construção de hotéis e prédios de escritórios. Inicialmente, foi também aprovada a construção de uma ilha artificial (ver em cima desenho do projecto), inspirada na fanhosa Palm do Dubai.
Mas os veementes protestos de ambientalistas deram os seus frutos e, por agora, o projecto parece ter sido abandonado.
Rita Roby Gonçalves
Fonte: Diário de Notícias

EU TENHO A MINHA CARREIRA CONGELADA E ELES NÃO !!!

ALGUNS RENDIMENTOS DE GOVERNANTES

JOSÉ SÓCRATES - Primeiro-ministro
2007 – 101 638,04€
2004 – 49 837,83€ (início de funções)
– 6000€ (independente)

LUÍS AMADO - Ministro dos Negócios Estrangeiros
2007 – 103 742,64€
Mais-valias – 81 343,81€
2003 – 106 581,10€ (início de funções)

JAIME SILVA - Ministro da Agricultura e Pescas
2007 – (Não registou) ...
2006 – 102 764,20€
2004 – 82 648,24€ (início de funções)

NÃO DECLAROU RENDIMENTOS
Jaime Silva entregou a declaração de rendimentos ao TC dentro do prazo, contudo não assinalou os rendimentos do ano passado. O Ministério disse tratar-se de um lapso e garantiu que irá rectificar o documento. Segundo adiantou o gabinete do ministro, Jaime Silva auferiu no ano passado
103 740 euros.

AUGUSTO SANTOS SILVA - Ministro dos Assuntos Parlamentares
2007 – 103 742,64€
2004 – 52 424,38€ (início de funções)
– 19 600€ (independente)

TEIXEIRA DOS SANTOS - Ministro das Finanças
2007 – 103 742,64€
Mais-valias – 10 348,75€
2005 – 246 557,07€ (início de funções)
– 2100€ (independente)

SEVERIANO TEIXEIRA (Defesa)
2006 – 70 049,47 € (só tem de renovar declaração a partir de 3 de Julho - 60 dias)
– 9313,27 € (independente)
2005 – 52 586,94€ (início de funções)
– 19 202,47€ (independente)

RUI PEREIRA (Administração Interna)
2006 – 89 279,54€ (início de funções)
– (tem de renovar até 17 de Julho)
– 10 265,70€ (independente)
2005 – (juiz do TC) – 71 859,34€
– 2552,93 € (independente)

MANUEL PINHO (Economia)
2007 – 88 086,24€
2004 – 413 870,57 € (início de funções)

PEDRO SILVA PEREIRA (Presidência)
2007 – 88 086,24€
2004 – 55 570,41€ (início de funções)
– 2250€ (independente)

ALBERTO COSTA (Justiça)
2007 (?) – 88 086,24€
2006 (?) – 87 109,60€
2005 (?) – 80 460,49€
–26 161,30 (independente)
2003 (?) – 66 310,06€ (início de funções)
–30 466,76€ (independente)

NUNES CORREIA (Ambiente)
2007 (?) – 88 086,24€
– 349,86€ (independente)
2006 (?) – 87 109,68€
– 235,86€ (independente)
2005 (?) – 118 111,24€
– 229,15€ (independente)
– 250,05€ (rendimentos de capitais)
– 4165 ,33€ (mais valias)
– 476,23 (outros rendimentos)
2003 (?) –123 008,20€ (início de funções)
– 850,75€ (independente)

MÁRIO LINO (Obras Públicas)
2007 – 88 086,24 €
– 2756,89€ (rendimentos prediais)
– 11 731,38€ (pensões - Reforma da Segurança Social)
– 48 035,82 € (outros rendimentos)
2004 – 74 775,00€ (indp - início de funções)
– 1 613,77€ (rendimentos de capitais)
– 2 503,41€ (rendimentos prediais)
– 79 625,24 (pensões)

ANA JORGE (Saúde)
2007 – 89 291,57€ (início de funções)

ANTÓNIO COSTA (Ex-Adm Interna)
2006 – 87 109,60€
2005 – 78 954,22€
– 3087,00€ (rendimentos prediais)
– 251 505,00€ (1/2) (mais valias)
2003 – 78 443,09€ (início de funções)

MARIA DE LURDES RODRIGUES (Educação)
2007 (?) – 88 086,24€
2006 – 87109,60€
2005 – 80158,54€
2003 – 47 647,32 € (início de funções)
– 332,69€ (independente)

MARIANO GAGO (Ciência e Ens Superior)
2007 – 88 086,24€
– 1345,50€ (rendimentos prediais)
2006 – 87 109,60€
– 141,74€ (independente)
– 1278,94€ (rendimentos prediais)
2005 – 82 989,30€
– 876,16€ (direitos de autor)
– 1252,02€ (rendimentos prediais)
2003 – 68 363,54€ (início de funções)
– 4715,40€ (independente)

VIEIRA DA SILVA (Trabalho)
2007 – 88 086,24€
2006 – 86 665,03€
2005 – 80 552,16€
2004 – 52 424,38€ (início de funções)

JOSÉ PINTO RIBEIRO (Cultura)
2006 – 92 774,80€ (ind - início de funções)
O ministro da Cultura , além de uma vasta lista de património, declarou no Tribunal Constitucional possuir uma carteira de títulos no valor de mais de 1,5 milhões de euros

PRESIDENTE
O Presidente da República, Cavaco Silva, recebe por mês 7264 euros.
Por seu lado, o primeiro-ministro, José Sócrates, recebe cerca de 5400 euros.

ENQUANTO ISSO, ... SALÁRIO MÍNIMO - 426 EUROS
O salário mínimo nacional este ano é de 426 euros.
Em média, os portugueses auferiram por mês em 2007, de acordo com o Boletim Estatístico da Segurança Social, 860 euros

terça-feira, 29 de julho de 2008

TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES

Quando George Orwell descreveu em 1943/44, no Triunfo dos Porcos (Animal Farm) a revolta na Quinta "Manor", talvez estivesse a pensar já em Portugal quando o porco Benjamim referia que os sete mandamentos já não existiam e apenas havia um único:

TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS MAS
ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS
Senão vejamos alguns exemplos significativos para percebermos algumas das razões que fazem com que Portugal seja já, com Sócrates, o País mais atrasado da Europa. E depois, isto é que é irritante, eles MENTEM com todos os dentes que têm na boca

Espanha - Governo congela salários de altos cargos públicos para fazer face à crise (na Rádio Renascença).

Portugal - José Sócrates foi o governante que mais beneficiou com a política e já arrecada por ano mais 51 mil euros do que quando era deputado (no CM).

Portugal - Gestores públicos receberam 27 milhões (no Diário de Notícias)


Confira:
Espanha
Governo congela salários de altos cargos públicos.

O Primeiro-ministro espanhol, Rodrigues Zapatero, anunciou o congelamento de ordenados de todos os altos cargos da administração do Estado. A medida, para vigorar nos próximos dois anos, tem por objectivo combater a grave crise que atravessa a economia do país vizinho. O anúncio feito por Zapatero prevê o congelamento do salário do próprio Primeiro-ministro, de todos os altos cargos da administração do Estado e dos principais dirigentes das empresas públicas. A norma não se aplicará aos outros sectores da Função Pública, pois a intenção é respeitar os compromissos assumidos com os sindicatos. Rádio Renascença

domingo, 27 de julho de 2008

SERÁ APENAS INCOMPETÊNCIA?

À
DGRHE (Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação)

C/c
À Responsável pela Rede de Bibliotecas Escolares na DRELVT
ao Presidente do Conselho Executivo da Esc. Sec. Rafael Bordalo Pinheiro e
à Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares

Ex.mos. Srs.
Director-Geral (Dr. Jorge Sarmento Morais) e
Subdirectora-Geral dos Recursos Humanos da Educação (Dr.ª Idalete Gonçalves)


Há dias de trabalho assim. Aqueles em que tudo parecia estar a correr como o previsto – o relatório da Biblioteca/Centro de Recursos, de que sou coordenadora, entregue e terminado um pequeno vídeo/amostra das actividades que a equipa foi desenvolvendo para distribuição pelos vários elementos do Conselho Pedagógico e divulgação à escola, um "mimo" final. Eis senão quando o inesperado – um telefonema diz-me que um dos elementos da equipa (professor do Quadro de Escola) vai ter de concorrer, pois não irá ter trabalho no próximo ano. O seu nome consta de uma lista, emitida pela DGRHE a meio de Julho. Face aos dados de que dispõem sobre o número de alunos efectivamente matriculados, decidem fazer concorrer, diga-se "mandar embora", não só professores de Quadro de Zona Pedagógica, mas também professores do Quadro de Escola. Fiquei perplexa.

Rebobinei as informações recebidas no Conselho Pedagógico de 23 de Abril em que foi anunciado que, em reunião com o Ministério da Educação para distribuição da Rede Escolar, passaríamos das 38 turmas deste ano para uma previsão de 41, 42 em 2008-09.

Ora, perante estes dados, como seria possível estar a dispensar professores do Quadro? A situação parece ser simples e é sobejamente conhecida por todos nas Caldas da Rainha – a Rede Escolar definida pelo Ministério da Educação não está a ser cumprida! Logo, estarão as outras escolas a receber alunos que não são da área geográfica que lhes foi atribuída, retendo os seus processos para os seleccionarem, e só tardiamente os reencaminharem? Então, continuo a perguntar, por que razão o Ministério da Educação em vez que deixar professores "à beira de um ataque de nervos", não foi procurar saber junto dessas escolas qual era a situação? Entende-se a necessidade de rentabilizar os recursos humanos das escolas de um concelho/área geográfica, mas questiono se o "timing" será o ajustado. E, tendo em conta a experiência do que aconteceu o ano passado, é a meu ver prematuro estar agora a fazer concorrer professores do Quadro para, em Setembro, contratar outros entretanto em falta nos mesmos grupos/áreas disciplinares.

Se a minha indignação no ano passado era meramente como espectadora de uma situação que estava a acontecer, este ano senti que tinha o dever de informar de que não estão a ser rentabilizados os recursos humanos de que dispomos.

Vejamos – a Biblioteca/Centro de Recursos da minha escola, depois de vários anos com problemas na constituição de equipas, teve este ano um grupo de trabalho coeso, diversificado quanto às áreas disciplinares, e que desenvolveu um trabalho com visibilidade na escola. Foi um primeiro ano de trabalho, de uma equipa pouco experiente no domínio das Bibliotecas Escolares, mas que aceitou o desafio, obtendo muito bons resultados. Um desses elementos, o colega do Quadro de Escola que agora tem de concorrer, ficou com a árdua tarefa de ter de estudar e aprender a funcionar com o programa de catalogação digital, o Bibliobase, que ninguém na escola conhecia em profundidade. Esse programa estava comprado desde 2004 e nele estavam inseridos, quando iniciámos funções, somente cerca de 300 títulos. Chegámos ao final deste ano lectivo com 1219 títulos. Depois de conhecer o programa, este colega disponibilizou-se a dar formação (informal, gratuita) a outros colegas que ao longo do ano foram ajudando no trabalho. Após este difícil arranque inicial, e como havia muito a fazer no domínio da operacionalização da gestão dos recursos, este colega, que domina também a área informática, disponibilizou-se a construir uma aplicação informática – a que chamámos o "Biblioges" – para fazer a gestão dos cacifos, registo de requisição de postos áudio e computador, registos do serviço de fotocópias/impressões e para apuramento dos índices de frequência dos alunos na Biblioteca. O programa foi ensinado às funcionárias e entrou em funcionamento agilizando todo o procedimento estatístico, necessário à boa gestão de qualquer serviço. Foi através desta aplicação que conseguimos definir pela primeira vez na escola o "Aluno do Ano" da Biblioteca, premiado numa cerimónia ocorrida a 17 de Junho.

Para além deste trabalho, o colega ficou com a componente lectiva no Centro Novas Oportunidades, para o qual teve de receber formação, disponibilizada pelo ME.

Pergunto pois: vamos desperdiçar o "know how" de professores do Quadro de Escola, muito deles dominando áreas específicas ou pertencendo a equipas que desenvolvem trabalhos com uma abrangência temporal definida, fazendo-os sair da escola para, mais tarde, em Setembro, vir a contratar outros professores?

Estas são as perguntas, em jeito de desabafo, de uma mera coordenadora da Biblioteca/Centro de Recursos da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, em Caldas da Rainha.
16 de Julho de 2008

Noémia Cláudia Machado
PQND do grupo 300 e
Coordenadora da Biblioteca / Centro de Recursos da Esc. Sec. Rafael Bordalo Pinheiro
Caldas da Rainha

sexta-feira, 25 de julho de 2008

E AGORA?

Freitas do Amaral, ARRASA completamente o Presidente do Conselho de Justiça que pretendeu fazer um GOLPE DE ESTADO que afinal de contas lhe caiu em cima. Confirme AQUI

E agora pergunto: ficará isto por aqui?

Se for à portuguesa ... NÃO.

Há sempre um "Portugal desconhecido" à espera.

Cabe a Gilberto Madaíl dar cumprimento a este parecer caso contrário ficaríamos sem saber para quê que ele foi pedido. Para emoldurar as conspurcadas paredes da Federação?

Boavista desce de divisão (e é MUITO POUCO) e Pinto da Costa é suspenso por 2 anos (e é também MUITO POUCO) .

É pouco, muito pouco para a VERGONHA que tem CORROMPIDO o Desporto em Portugal. Mas enfim ... numa República de Bananas como esta, também não se estava à espera de melhor, não é verdade? Num país onde não há justiça ... agora imaginem se houvesse!!!

Fiquemos então à espera dos próximos pareceres de Miguel Sousa Tavares, do Manuel Serrão e do Carlos Magno. Ah ... a sapiência parda que é o Guilherme Aguiar já abriu a boca, perdendo, uma vez mais, uma belíssima oportunidade para ter ficadop calado. Como sempre, saiu asneira!! Estes SIM, estes é que percebem do assunto, não é o sr. Professor Doutor Freitas do Amaral.

Nem sei se chore, se ria. Portugal no seu melhor !!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

LUIS DE MATOS NÃO FARIA MELHOR !!!

O país não melhora chamando profissional a um ensino sem oficinas nem laboratórios nem diplomando o analfabetismo. A Comissão Europeia tornou público mais um relatório, o quinto, sobre a distância que separa os sistemas educativos europeus do cumprimento das metas para 2010, estabelecidas pela Estratégia de Lisboa, em 2000. Como Portugal não está bem na fotografia, logo o inefável Valter Lemos se apressou a desvalorizar as constatações de Ján Figel, comissário europeu da Educação, alegando que os números não traduzem a "aceleração" dos últimos tempos.

São assim, estes governantes: se os números são bons, loas a eles; se os números são maus, toca a torcê-los. Estou farto de relatórios e dos bonzos da estatística, mas socorro-me deste para denunciar a glorificação da asneira promovida pelos pigmeus da política e para clarificar que a "aceleração" de que falam é simples manipulação de números e mistificação de resultados. Diz o relatório que, em 2007, 36 por cento dos jovens portugueses abandonaram a escola sem concluir o ensino secundário.

A média de abandono para esse nível de ensino na Europa não chega a 15 por cento e o objectivo da Estratégia de Lisboa é reduzi-lo a 10. O governo tem anunciado o sucessivo crescimento do ensino profissional como o facto que mais tem contribuído para a diminuição da taxa de abandono. É uma insistência que cansa. Recordo o que aqui já escrevi e é bem conhecido por quantos estão no terreno: o país não melhora chamando profissional a um ensino de papel e lápis, sem oficinas nem laboratórios, diminuindo exigências ao nível da fraude e diplomando o analfabetismo. Estes cursos, insidiosamente anunciados como o futuro dos nossos filhos e magicamente facilitadores duma entrada na universidade, terminarão com uma desilusão do tamanho da ilusão que vendem.

Quando daqui a anos os factos me derem razão, perceber-se-á que garantir equivalência a diplomas escolares com cursos de jogadores de futebol não passa de malabarismo rasca para manter na escola todos os que antes a abandonavam. A "aceleração" dos anos 80 gerou universidades de vão de escada e um crescimento desordenado do ensino superior, que terminou nos tribunais, nas falências, no descrédito e num desemprego de doutores que, só no reinado de Sócrates, cresceu 63 por cento. Mas não impediu, duas décadas mais tarde, a glorificação de nova asneira. Quando os factos lhes caem em cima, julgam que os políticos mudam de ideias e corrigem as políticas? Não! Eles preferem mudar os factos.

Esperemos para ver reacções mais elaboradas a uma constatação do relatório, segundo o qual a iliteracia, que a Estratégia de Lisboa queria diminuir de 20 por cento até 2010, afinal... aumentou. Disse Figel, desvalorizou Valter, que um quarto dos jovens portugueses não sabe ler ou interpretar o que lê. Naturalmente que esse é o resultado da orientação do ensino para a facilidade suprema, para a despromoção do rigor e da exigência que a ministra, secretários de Estado e gurus do eduquês têm promovido.
Disse-se que "os chumbos são um mecanismo retrógrado, antigo" e que "facilitismo é chumbar".
Disse-se aos adultos que chegou a altura de terem "a escolaridade obrigatória sem frequentar a escola" e aos jovens que podem nem sequer lá pôr os pés que não reprovam por isso.
Esperava-se que tais dislates promovessem o saber? O milagre da Matemática e a farsa dos exames nacionais foram chocantes. A facilidade de muitas provas colheu a unanimidade dos observadores. Mas a ministra diz que são meras opiniões, não sustentadas por factos.

Perguntas mal formuladas não são factos.
Perguntas a tresandar a ideologia de pacotilha não são factos.
Respostas erradas, mandadas considerar como certas, não são factos.
Glossários e formulários indigentes fornecidos aos alunos, não são factos.
Grelhas paranóicas de classificação, que reduziram a zero a autonomia dos professores, não são factos.
Facto é que os 25 por cento de analfabetos funcionais, apontados pelo comissário europeu, são antes os acelerados de Valter Lemos.
Luís de Matos não faria melhor!

Santana Castilho, professor do ensino superior

quarta-feira, 16 de julho de 2008

AO PONTO A QUE CHEGÁMOS ...

Via email, acabo de receber um documento incrível que ilustra bem ao ponto a que este Ministério da Educação fez chegar as escolas. Do Agrupamento das Marinhas, vale a pena clicar no documento para o aumentar e ler.
Para ler atentamente.
De boca fechada.
De facto, anda tudo doido, mas há uns que andam mais doidos que outros !!!!

domingo, 13 de julho de 2008

CRIANÇAS PORTUGUESAS ENTRE AS MAIS BAIXAS E GORDAS DA EUROPA

EXCESSO DE PESO NOS JOVENS É MAIOR EM PAÍSES DO SUL QUE DO NORTE

Aos 11 anos, as crianças portuguesas são "significativamente mais baixas" do que a maior parte das suas congéneres da União Europeia e também mais pesadas do que o padrão de referência para a idade.

Deste cruzamento resulta que, em conjunto com as crianças espanholas, as portuguesas são aquelas que têm um Índice de Massa Corporal mais acima da norma para a idade, segundo revela o estudo europeu Pro Children, financiado pela UE e concluído em 2007.
Em vez de 17,68 (raparigas) e de 17,48 (rapazes) dados como padrão para a sua idade, as meninas portuguesas de 11 anos subiam para os 19,1 e os rapazes para os 19,4. Dos nove países avaliados no âmbito do Pro Children - Áustria, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Suécia -, que em Portugal foi coordenado pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação do Porto, só o país vizinho apresenta um desvio parecido.

Mas a situação é mais grave por cá.

Com base em inquéritos enviados para as escolas e que foram entregues depois aos pais para estes responderem, entre Outubro e Dezembro de 2003, o Pro Children confirmou que o passo seguinte já fora também dado.
Dos nove países estudados, Portugal era o que apresentava uma maior prevalência de crianças que, aos 11 anos, tinham peso a mais ou já eram obesas: 30,6 por cento de rapazes e 21,6 por cento de raparigas cabiam numa daquelas duas categorias. João Breda, coordenador da Plataforma Nacional contra a Obesidade da Direcção-Geral da Saúde, frisa que a prevalência do excesso de peso entre as crianças é hoje uma característica do Sul da Europa.

"Está relacionada com a perda dos valores da alimentação tradicional de características mediterrânicas, e também com o baixo nível educacional dos pais", explica, chamando também a atenção para o facto de os países do Norte terem acordado para o problema bem mais cedo. Segundo dados da International Obesity Task Force, no Sul da Europa a prevalência da obesidade infantil situa-se entre os 20 e os 35 por cento, enquanto no Norte está entre os 10 e os 20 por cento.

Em todo o mundo, esta "epidemia do século XXI", como já foi classificada e que, segundo os especialistas, tem vindo a ultrapassar os piores prognósticos, abrangerá 155 milhões de crianças. Na Europa, a expectativa é de que o seu número (22 milhões já terão excesso de peso) aumente ao ritmo de mais 400 mil por ano.

A obesidade é já responsável por seis por cento das despesas de saúde. Em Portugal, dados da DGS situam este patamar nos 3,5 por cento: 235 milhões de euros. No futuro será pior. Um dos principais especialistas portugueses em diabetes, Davide Carvalho, prevê que, devido à obesidade crescente, em 2025 Portugal será o quatro ou quinto país com mais casos daquela doença.

Inquéritos realizados no âmbito do Pro Children mostram que em média só 17,6 por cento das crianças com 11 anos comem a quantidade recomendada pela OMS (400 gramas/dia). Portugal e a Áustria, com 265 gramas, são os que apresentam melhores resultados. O consumo de sopa é um dos grandes responsáveis por esta performance de Portugal que, no entanto, não lhe garante um lugar entre os menos obesos.
Os próximos estudos permitirão talvez apurar as razões para esta discrepância, sendo certo que não é a sopa a culpada

sexta-feira, 11 de julho de 2008

DE CADA VEZ QUE ABRE A BOCA, OU MENTE, OU ... MENTE

Na linha daquilo que este ex-engenheiro pela Independente nos tem presenteado, uma vez mais, abriu a boca e saiu .. a mosca.

Promete aquilo que não é e que muito menos sabe. Fala do que não sabe mas, promete. Está-lhe na alma a MENTIRA.

Prometeu baixar o imposto de um automóvel que por si só já estava ISENTO do imposto.
São as brejeirices do sr. ex-engenheiro.

Cada cavadela cada minhoca!
Sempre do mesmo, nada a que não estejamos habituados: à MENTIRA e à PROPAGANDA.
Já agora, que baixe também o imposto de circulação dos BURROS.
Uma verdadeira medida ... à sua medida

terça-feira, 8 de julho de 2008

AVALIAÇÃO DE PROFESSORES - UMA ANALOGIA INTERESSANTE

Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc.).
Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, os médicos. A carreira seria dividida em duas: Médico titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e Médico.

A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços. Assim, o médico titular teria de assistir a três sessões de consultas, por ano, dos seus subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento e prescrição de todos os pacientes observados.

Avaliaria também um portefólio com o registo de todos os doentes a cargo do médico a avaliar, com todos os planos de acção, tratamentos e respectiva análise relativa aos pacientes.

O médico teria de estabelecer, anualmente os seus objectivos: doentes a tratar, a curar, etc.

A morte de qualquer paciente, ainda que por razões alheias à acção médica, seria penalizadora para o clínico, bem como todos os casos de insucesso na cura, ainda que grande parte dos doentes sofresse de doença incurável, ou terminal.

Seriam avaliados da mesma forma todos os clínicos, quer a sua especialidade fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...

Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim.

A questão é saber se consideram aceitável o modelo? Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?

Será???!!!

Já agora... Poderiam começar a 'experiência' pela Assembleia da República e pelos(des)governantes...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

AS BALELAS DE SEMPRE

Quem ganha com o IMI

A descida das taxas de IMI, a segunda promessa feita por José Sócrates tem a forte possibilidade de vir a beneficiar poucos contribuintes. Actualmente existem duas bandas de taxas de IMI. Uma que varia entre 0,2 e 0,5 por cento e que se aplica aos prédios novos ou aos que foram transaccionados a partir de 2003; e outra que varia entre 0,4 e 0,8 por cento e que se aplica aos restantes prédios.

Dentro destas bandas cabe a cada município definir qual a taxa a aplicar. A promessa do primeiro-ministro é de que irá reduzir estas taxas, mas, mais uma vez, a medida poderá não ter grandes efeitos. Primeiro, porque actualmente a lei fiscal isenta do pagamento deste imposto todos as famílias que preencham duas condições: que tenham um rendimento anual inferior a cerca de 10 mil euros e cuja casa não tenha um valor patrimonial superior a cerca de 50 mil euros. Ou seja, por mais mexidas que se faça nas taxas, estes contribuintes não irão sentir qualquer diferença.

Depois, a lei fiscal permite ainda uma outra isenção.

As casas cujo valor patrimonial seja inferior a 157.500 euros estão isentas por seis anos e as casas que tenham um valor entre 157.500 e 236.250 euros estão isentas por um período de três anos. Mas estas isenções apenas vigoram desde 2003, ano em que foi introduzida a reforma da tributação do património pela então equipa liderada pela ministra das Finanças Manuela Ferreira leite.

Antes disso as isenções (então de Contribuição Autárquica e não de IMI) chegavam aos dez anos para as casas cujo valor não ultrapassasse os 113.492 euros.

Por lógica, os contribuintes de mais baixos rendimentos compram casas de valor mais reduzido pelo que, a grande maioria deles gozam actualmente de isenção de imposto, logo, não sentirão, no imediato, uma redução de taxas. Assim, apenas beneficiarão de uma redução de taxas os contribuintes que tendo comprado uma casa de baixo valor já saíram do período de isenção e todos os que compraram casas de valor mais elevado e, como tal, não tiveram direito a isenção.

Refira-se que, segundo números publicados pelo Jornal de Negócios, 70 por cento das casas transaccionados entre 2004 e Janeiro de 2006 não pagavam IMI, beneficiando de uma qualquer das isenções.

Mas mesmo os contribuintes sem qualquer isenção poderão não sentir qualquer alteração no imposto a pagar, a menos que a redução de taxas seja muito significativa. Isto porque como são as Câmaras Municipais a fixar as taxas, muitas delas já aplicam valores que não são o limite máximo.

E analisando os 10 concelhos mais populosos do país, verifica-se que apenas três – Vila Nova de Gaia; Porto e Cascais - aplicam as duas taxas máximas (0,8 e 0,5 por cento). Lisboa, por exemplo, aplica uma taxa de 0,7 e 0,4 por cento.

Logo, se o Governo vier a descer os limites máximos para 0,7 e 0,4 por cento, os munícipes de Lisboa não notarão qualquer alteração.

O PACOTE DE DEDUÇÕES NULAS DO EX-ENGENHEIRO SÓCRATES


Deduções sem impacto

A consulta das estatísticas de IRS de 2006 e a forma como está redigida a lei fiscal permitem verificar, no entanto, que o aumento que vier a ser concretizado não terá resultados práticos significativos. Por um lado porque, segundo as estatísticas de IRS, em média, as famílias com rendimentos anuais brutos mais baixos já não pagam IRS.

Os dados deste imposto referentes a 2006 (os últimos disponíveis) mostram que uma família com rendimento bruto até 5.000 euros (pouco mais de 357 euros mensais considerando 14 salários) pagou pouco mais de 15 euros de imposto. Ou seja, mesmo que o aumento das deduções venha a fazer-se sentir nestas famílias, a poupança nunca ultrapassará este valor anual. No escalão seguinte (entre 5.000 e 10.000 euros) a poupança seria de apenas 49 euros. E mesmo no terceiro escalão, que vai até aos 13.500 euros (pouco mais de 964 euros mensais de salário bruto) a poupança apenas seria 176,34 euros anuais, cerca de 14 euros por mês.

Nestes três escalões, ainda segundo as mesmas estatísticas, encontram-se 2,5 milhões de agregados (ou famílias) de um total de pouco mais de 4,3 milhões de agregados que entregaram a sua declaração de rendimentos naquele ano.

Acontece que, ainda segundo as mesmas estatísticas, apenas pouco mais de um milhão de famílias utilizou esta dedução em 2006, tendo deduzido um montante de 447 milhões de euros. Ou seja, mesmo que este milhão de famílias estivesse dentro destes três escalões, a poupança que obteria com o aumento das deduções nunca ultrapassaria os 14 euros mensais. Mas não são apenas as estatísticas que indiciam que o aumento das deduções terá pouco efeito prático, especialmente sobre os contribuintes de menores rendimentos.

A forma como a lei fiscal está feita permite que sejam as famílias de maiores rendimentos a poderem deduzir mais despesas ao seu rendimento bruto. Isto porque a lógica da dedução é a de que o contribuinte vá deduzindo ao seu rendimento bruto várias despesas até ao momento em que já não tenha imposto a pagar ao Estado.

Acontece que no Código do IRS estão previstas nove categorias de despesa que podem ser deduzidas e se, por exemplo, se chegar à terceira categoria e já não haja imposto a pagar, então, as restantes já não se deduzem.
Ora, as despesas com encargos com a habitação, são a quinta categoria a deduzir, ficando atrás das despesas de saúde, de educação, entre outras. Ou seja, o aumento desta parcela pouco efeito terá para os contribuintes de menor rendimento.

sábado, 5 de julho de 2008

PALHAÇADA À MODA DO PORTO

Só nos podemos rir quando somos confrontados com este tipo de notícias, próprias de um mundo do futebol que nos tem habituado a uma corrupção continuada e a viver na maior promiscuidade com toda a impunidade do mundo.
Gonçalves Pereira queria fazer "um golpe de estado" e levou com ele em cima. No Zimbabwe, com o Mugabe, é que ele estava bem. Nem era preciso ter feito a tal reunião.

E é este circo uma "instituição de utilidade pública". FRANCAMENTE!

A MÁFIA em Itália? Até dá vontade de rir. Têm muito que aprender em Portugal. Comparados com os portugueses, não passam de meros e reles aprendizes A Máfia italiana em Portugal, não passa de um grupo de meninos de coro.

(Para a ouvir, desligue primeiro a Rádio Cotonete do Bolg)

PORREIRO, PÁ ... JÁ SOMOS TODOS BONS A MATEMÁTICA

De repente ... de um ano para o outro ... somos um país de matemáticos.

Assim SIM, vale a pena termos orgulho em sermos portugueses.

2+2=4 ... pois claro
Sendo a aprendizagem um processo gradual e contínuo, este Ministério consegue o milagre das notas.

"Rapidamente e em força", de um momento para o outro, a taxa de reprovação baixou de 18% para 7%. A média obtida foi de 14 valores, 3,4 valores acima do que se verificou em 2007, ano em que pela primeira vez a média obtida por estes alunos foi superior a dez valores. VALENTE!

Já tinhamos o milagre das rosas, agora conhecemos o milagre da ministra da avaliação.

"São boas notas, meu senhor".

Só falta aprender a fazer melhor as cruzinhas nos exames de português !! ehehehe

E daqui a uns anos vamos ver quem governa este país!!

Consulte aqui o quadro de exames nacionais

sexta-feira, 4 de julho de 2008

APRENDER (E SABER) PORTUGUÊS COM CRUZINHAS

AQUI tinha feito esta denúncia:

"Uma prova que pouco mais exigia que fazer algumas cruzinhas nas perguntas de escolha múltipla. Uma prova de PORTUGUÊS onde poucas vezes se pedia para ESCREVER"

Deste vez, e uma vez mais, surge mais uma voz importante na denúncia desta enorme mentira que são os exames e cada vez mais o "ensino" em Portugal - Mª Filomena Mónica. Vale a pena ler o seu artigo hoje pulicado no Jornal Público a este respeito.

O Ministério da Educação, na sua política autista e incompetente, não olha a meios para atingir fins estatísticos para propaganda barata. Razão tinha Scolari: "E o burro sou eu?"

quinta-feira, 3 de julho de 2008

SALÁRIOS PORTUGUESES FORAM OS QUE MAIS CAÍRAM


Os salários reais dos trabalhadores portugueses desvalorizaram em 2006, 2,6%, naquela que foi a maior queda nos países que compõem a OCDE. O mais grave é que os salários em Portugal são menos de metade dos restantes países da OCDE e da Zona Euro

Se considerarmos a média do salário do trabalhador português chegamos a um valor de 11.616 euros (18.455 dólares) em 2006, ano a que se reporta o estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. A média dos salários anuais dos países integrantes da OCDE situa-se nos 39.743 dólares enquanto na Zona Euro essa média salarial anual desce para 38.759 dólares. Abaixo de Portugal apenas se contabilizam quatro países.

Hungria, a República Checa, a Polónia e a Eslováquia, apresentam salários médios anuais mais baixos, sendo que a Eslováquia por exemplo, se queda nos 8.675 dólares. Vencedor do ranking salarial é a Suíça onde em média um trabalhador consegue levar para casa anualmente 60.385 dólares.

No Luxemburgo, onde muitos portugueses se encontram a trabalhar em busca de uma vida melhor e a Dinamarca ocupam os lugares cimeiros com vencimentos médios de 59 e 56 mil dólares anuais.

Nos Estados Unidos da América, o trabalhador leva anualmente em média para casa a quantia de 47.688 dólares, o que constitui duas vez e meia o salário médio de um trabalhador português. Nas quedas dos salários reais Portugal apenas foi acompanhado pela Espanha, Alemanha, Itália e Holanda que, à semelhança da terra lusa viram os seus salários anuais médios reais descerem no ano de 2006.

Visto o salário médio anual auferido em Portugal, em 2006, mas medido em paridades de poder de compra, os dados da OCDE mostram que os vencimentos se quedam 44,9% abaixo da média dos países que integram a organização.

Tendo em conta o nível de vida nos diversos países, Portugal apresenta um índice de 55,1, acima dos 46,4 sem este factor, sendo que 100 é a média dos salários da OCDE.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ENERGIA EÓLICA: MEGAWATTS OU NEGAWATTS

No passado fim de semana estive no Caramulo onde, um amigo residente me convidou a visitar um miradouro para desfrutar de uma paisagem que seria ímpar não fosse, de facto, ver uma enorme área pejada de turbinas eólicas que transformavam uma natureza selvagem num verdadeiro PALITEIRO, tantas eram as turbinas espalhadas pela paisagem. É verdade, à minha frente estava um parque eólico que adulterava a paisagem transformando-a, EXACTAMENTE, num verdadeiro PALITEIRO . Uma vez mais, e na sequência daquilo que tanto me afrontou na altura e afronta, não posso deixar de agradecer o valioso e prestimoso contributo do Engenheiro Luiz Teixeira, a este blog e à causa da energia, que de seguida reproduzo:

"Nos últimos dias de Maio o entusiasmo alastrou-se por todo o país, mesmo antes de ter começado mais um Europeu de Futebol. Desta vez não foi o futebol que causou tanto alvoroço; foi a venda de acções da EDP-Energias Renováveis. Claro que a maioria dos portugueses acha que energias renováveis dizem respeito, apenas, às turbinas eólicas e aos painéis solares. Na prática as barragens (grandes produtoras de energia eléctrica constante e duradoura) também estão incluídas nas energias renováveis nas quais detêm sempre a maior participação em termos de potência e produção contínua.
Apesar de haver uma má vontade contra estas indiscutíveis e, por enquanto, insubstituíveis, fontes de electricidade.

Fig 2 -Um parque eólico trabalhando com “vento de projecto” ( Velocidade do vento de 13 a 20 m/s ou 46 a 72 km/h). Na escala de Beaufort à velocidade maior do que de 13 m/s os galhos das árvores oscilam fortemente, as bandeiras ficam desfraldadas, as pás das turbinas não se vêm, o vento “uiva” através das frinchas das janelas).
Abordaremos a seguir apenas a energia produzida pelo vento.
Desde tempos imemoriais que o homem transforma a energia do vento em outras energias especialmente em mecânica. Basta dizer-se que o vento, até à descoberta da máquina a vapor, era o único meio de propulsão na água, quando não era utilizada a energia muscular, esta as mais das vezes obtida através da escravatura.
O vento é gratuito e não provoca danos ambientais; mas é difícil de converter, é volátil, exige grandes áreas de conversão, as estruturas destacam-se pelo gigantismo, em suma é muito fraca a sua densidade energética, imprevisível o seu sopro. Há cerca de 15 anos, quando se começaram a notar os primeiros sintomas da depleção mundial do petróleo, muitos interesses se voltaram para a velha conversão do vento em outras energias. Até então, os velhos “moinhos de vento” estavam, em grande número, abandonados, substituídos por pequenos geradores movidos a gasolina ou gasóleo.

A energia do vento é intermitente e inconstante: muda de direcção e velocidade em poucos segundos, não se podem estabelecer tempos ou direcções. A energia eléctrica, produzida por uma turbina eólica, não pode ser injectada numa rede de macro-energia devido à sua volatilidade. Na verdade passa-se de uma potência para outra em poucos segundos, o que é altamente danoso para um complexo sistema eléctrico. Uma turbina hidráulica, por exemplo, trabalha com queda e caudal constantes e com um coeficiente de permanência superior a 90 %, o que não sucede com as turbinas eólicas. Ao contrário da eólica, a energia hidroeléctrica é altamente confiável.
A potência teórica de uma turbina eólica,utilizando a fórmula de Janet Ramage (Guia da Energia) é:

P=(D2x V3)/2000

sendo P a potência em kW, D o diâmetro em m da área de recepção do vento (ou seja as pás correspondem a metade do diâmetro D), V a velocidade do vento em m/s.
Por esta fórmula a potência obtida depende de duas variáveis: o vento, intermitente e de velocidades inconstantes e o diâmetro que tem que ser de grandes dimensões. Como se não pode mexer com o vento, só há um caminho: aumentar o diâmetro ou seja o comprimento das pás.

É por isto que as turbinas eólicas padecem de gigantismo. As pás têm vindo, de ano para ano, a aumentar de tamanho, de modo a obter-se uma área de recepção que possa aumentar a potência, uma vez que o vento não pode ser modificado.

Fig 3 -A gravura dá para se perceber o gigantismo das estruturas eólicas.

A única alternativa para melhorar a velocidade do vento é aumentando a altura das torres, agravando, ainda mais, o gigantismo. Já há pás em funcionamento com 45 m de comprimento, superiores às asas da maior parte dos aviões. Isto cria enormes problemas de construção, manutenção e avarias. Está em fase experimental uma turbina de 6 MW cujas pás têm o comprimento de 126 m criando problemas futuros de manutenção e de economia de escalas.
Mas as maiores limitações dizem respeito ao vento.As maiores potências obtêm-se com a velocidade do vento acima de 13 m/s (47 km/h), mas, a partir deste valor, a potência passa a ser constante (limite de Betz ou rendimento máximo de 60%).

Fig 4-Um pequeno vale encaixado inundado por eólicas

Por outro lado só se pode contar com ventos de projecto (acima de 10 m/s) em torno de 90 dias no ano, e em flagrante descontinuidade. A velocidade do vento acima de 60 km/h é perigosa para a estrutura, por tal motivo as hélices ficam, automaticamente, em bandeira, deixando de funcionar. É muito estreita a área de optimização.

A energia eólica apresenta as seguintes vantagens:
- combustível gratuito;
- não polui o ar, águas ou solos;
gera muitos empregos temporários, durante a construção;
- garante empregos fixos durante a operação, manutenções e avarias. Estamos a considerar o critério social, antagónico ao critério económico, modernamente gerador de desempregos em grande escala. Pelos modernos ditames da actual economia predadora, quanto menos empregos, melhor!

As desvantagens são:
- Ddescaracterização da paisagem; muitos ambientalistas chamam-lhe um “estupro da paisagem”. - as turbinas são instaladas em calotas de relevo, ou em vales encaixados, precisamente áreas pouco visitadas, onde ainda estão preservadas algumas condições naturais; quebram-se os últimos resquícios de beleza e tranquilidade, não tem interesse fotografar as paisagens pejadas de “ventoinhas”, ou “avantesmas” como lhes chamou um conhecido cronista;
- ruído que, a ser atenuado, obriga à instalação de painéis acústicos, mais uma agressão ambiental;
- volátil, imprevisível e de baixa densidade energética,ou seja a implantação abrange áreas imensas;
- interfere no voo de morcegos, aves e insectos e, portanto, na polinização e na reprodução. - funcionamento muito limitado à velocidade do vento: leque entre 10 e 50 km/h; este último verifica-se, regra geral em 90 dias no ano mas em descontinuidade;
- grande exposição aos incêndios florestais;
- maquinaria sofisticada, muito dispersa volumosa e pesada, necessitando de um grande corpo técnico e um dispendioso parque de máquinas pesadas (camiões-plataforma, tractores pesados, gruas e guindastes);
- abertura de muitas estradas secundárias “roubando” a privacidade dos baldios naturais.
- a ACV (Análise do Ciclo de Vida) de uma eólica é negativa, se nos cingirmos aos combustíveis fósseis que serão necessários para a sua construção, operação, manutenção e posterior desmantelamento. Por exemplo, as fundações das torres consomem betão armado em quantidades pantagruélicas, abrem-se quilómetros de estradas, com piso adequado para as máquinas pesadas. A rede rodoviária fica um autêntico Dédalo.

Fig 5 -Isto é uma pá de um conjunto de três. Será que é viável manter milhares de estruturas gigantes como esta?

A operação exige um grande corpo técnico e viaturas e máquinas de elevação de grande porte. A parte ambiental na ACV reúne condições pouco atractivas.

Quanto maior o parque eólico maior será o número de turbinas em manutenção ou avariadas. Um aspecto positivo é o de proporcionar muitos empregos, como já frisámos atrás.
Na fase final de desmantelamento as despesas ainda serão maiores. Para o desmonte final serão necessárias as mesmas máquinas gigantes que ajudaram à construção. A energia eólica alivia a atmosfera de C02, mas consome combustíveis fósseis durante a a sua existência.

Qual o saldo final?

Chega-se ao paradoxo de, em qualquer avaria, a energia eléctrica, necessária para os consertos, ser fornecida por um motor a gasóleo, porque pode não haver vento.
Uma das maneiras de aproveitar a energia eólica, que não pode entrar na rede geral dada a sua intermitência, é carregando baterias. Mas estas têm inconvenientes: tecnologia do século 19, são grandes, muito pesadas, contêm cádmio, chumbo e ácido sulfúrico, o que as torna perigosas no manuseio.
Toda a potência eólica instalada, se estiver ligada a uma rede geral, precisa de uma fonte de energia de substituição, que seja mobilizável rapidamente,e de potência mais ou menos equivalente. Na Dinamarca a energia nuclear da Suécia socorre a energia eólica quando é necessário.

Um parque eólico é interessante quando em conjunção com uma barragem, constituindo uma reversão energética. A energia cinética do vento é convertida em energia potencial hidráulica. Por outras palavras: toda a energia das eólicas, seja grande ou pequena, é “canalizada” para bombas especiais (que trabalham com um leque muito diversificado de potências) que restituem, para as albufeiras, ou para lagos artificiais a grandes alturas,uma pequena parte dos caudais que saem pelas turbinas hidráulicas. É uma forma mitigada de “armazenamento de energia”, com grandes perdas, como é óbvio. E, por paradoxo, é uma maneira de fazer com que “umas águas voltem a passar de novo debaixo de uma ponte”.

Estava prevista uma reversão para a barragem de Foz Coa. Esta barragem era uma boa reserva técnica de água. Era uma feliz combinação elo-hidráulica, que foi, ironicamente, substituída por uma reversão a favor da arqueologia. Agora, quando o barril de petróleo se aproxima dos 200 dólares, vão-se construir, a toque de caixa, 10 barragens em Portugal, ultrapassada que foi a psicose contra as barragens.Tenciona-se, agora, fazer-se reversões nestas barragens, para aproveitar os numerosos parques eólicos “que nasceram como cogumelos depois de uma invernada” De negativo, também, o facto de serem grandes as distâncias entre os diferentes parques eólicos, originando custos elevados de transportação. Recordamos aqui a recente polémica em torno do custo dos cabos substitutivos das linhas de alta tensão que passavam sobre habitações.

Um parque eólico, próximo de uma barragem, beneficia das estruturas de apoio desta , como sejam os bons acessos, já construídos, o pessoal (fixo, de “carreira”) a energia eléctrica constante, e os estaleiros que sempre rodeiam os aproveitamentos hidroeléctricos.
É pertinente transcrever uma interrogação, formulada por John Howard Kunstler no seu “best seller “O Fim do Petróleo”: «Que acontece se não houver por trás o fantástico apoio tecnológico da economia baseada no petróleo?». "

Luiz Teixeira
Engenheiro civil

terça-feira, 1 de julho de 2008

O MENTIROSO DE OURO DO PS...

Tenho de confessar que foi com alguma surpresa que ouvi recentemente a jornalista Eduarda Maio, subdirectora para a Informação (desde 2003) da estação pública Antena 1 na SIC-Notícias a apresentar a biografia sobre o actual Primeiro-Ministro, José Sócrates, que realizou para a Esfera dos Livros.
  • Mas a minha curiosidade foi ainda maior quando percebi que ele era o "menino" ... "de ouro" do PS. Imagino as pressões (?!) de marketing que o bem montado "Gabinete de Propaganda" do PS deve ter montado. Imagino. Ou se calhar nem imagino, porque a partir de agora, confesso também que começo a não acreditar na Eduarda Maio. O menino de ouro do PS ... imaginem !!!!
É que se esta jornalista quisesse manter o seu carácter de neutralidade e isenção, COMO LHE COMPETIA, teria em primeiro lugar de se demitir da função que exerce numa estação radiofónica pública e só depois escrever o livro que, muito provavelmente coloca nos píncaros da lua um primeiro ministro ainda no activo

Não vou certamente ler esse livro mas, tenho alguma curiosidade (ai se tenho!) sobre a forma como ela abordará (se é que aborda) o processo POUCO CLARO e OPORTUNISTA das habilitações de Sócrates. Já agora, uma explicação convincente da duplicação do seu registo biográfico rasurado na Assembleia da República e da forma como ele assinava os projectos daquelas míseras casas que diz ele, também as projectou.

Sempre admirei a Eduarda Maio, mas esta aparente promiscuidade, desiludiu-me. E MUITO!Inclusivamente a forma como ela defendeu Sócrates no Opinião Pública, de algumas vozes discordantes da política do primeiro ministro, deixou-me a pensar na sua isenção. No tempo que provavelmente andei enganado a seu respeito.

102 ANOS REAIS - PARABÉNS SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Parabéns Sporting Clube de Portugal pelo teu aniversário - 102 anos reais e verdadeiros.
Ao contrário do F.C.Porto e do S.L.Benfica que inventaram uma data de formação do clube, o Sporting Clube de Portugal conseguiu resistir a essa hipócrita tentação o que mostra, uma vez mais, uma postura que orgulha todos os seus sócios, adeptos e simpatizantes.
Uma História bonita, recheada de mérito e valores.